O papel da construção da Arquitectura
A Arquitectura, um mundo criativo e aberto a obras de arte. Porém desde muito cedo a arquitectura teve um papel fundamental na história da arte.
Estamos na Grécia antiga, as proporções e as medidas estão a ser trabalhadas exaustivamente, entendia-se que seria necessário as proporções puras; dos edifícios, das esculturas, as técnicas utilizadas. É aqui que nasce a nossa Arquitectura.
O arquitecto é mais que um ser que teve formação no campo das artes, é mais, é ele que necessita de ter conhecimentos para além da arte. Necessita de uma busca à natureza das coisas, o arquitecto tem de ser sábio na utilização das mesmas coisas.
A formação do arquitecto é muito diversificada, a sua actuação na sociedade vai muito mais além de meras suposições de projectos, não. A Arquitectura necessita de fundamentos, de teoria, e de significante, para conseguir passar a sua mensagem para o público, as suas teses têm de ser firmes ao ponto que ninguém as consiga quebrar. O Significante, por sua vez é a arma do arquitecto, é a demonstração das cosas com as razões científicas.
Por sua vez temos a prática à qual lhe demos “asas à imaginação” de tudo que podíamos chamar a arte numa folha branca, a experimentação do uso, o objecto a ser reajustado à sua forma.
“O Arquitecto é o exercício de todas as disciplinas, permite a razão por vasto das matérias, (…) o perfeito conhecimento das ciências”
Como diria o Arquitecto tem de ser multifacetado e conhecedor de várias ciências, pois essas irão ser o instrumento da sua realização, da futura construção do bem estar habitacional.
É curioso, pois desde muito cedo nos mantemos em contacto com o meio ambiente. A nossa vivência infantil, recordo-me que quando visitava cá os meus avós, sentia que havia a presença de um cheiro agradável, do soprar do vento, a luz, as cores, as texturas. Tudo se constituíam num belo fundo de um teatro prestes a começar a peça. Esta peça se manteve dentro da minha memória, não a larguei, apenas hoje a vou buscar e sinto e caracterizo esse lugar, as suas características, o conforto que aquele sítio me trazia.
É com as experiência vividas no passado, onde o arquitecto se remota para a busca de uma linguagem, onde este se irá compreender nas suas obras, pois ninguém poderá entender o mundo imaginário do arquitecto.
As raízes que temos nos carateriza, pelo traço, pelo raciocínio. Assim com cada tipo de carácter, o arquitecto, é aquele que manifesta e se valida no espaço. Assim o nosso ponto de partida para a realização de algo que se possibilita para o real, o estudo dos material, as suas aplicações, as suas características..
A realização de projectos implicam muito mais que meras maquetas, são estas o fruto de um passo para a realidade. A parede, os seus componentes, a sua construção, o material utilizado, qual a capacidade de impermeabilização e termos térmicos. A construção é o passo do papel para o real.
Para que o projecto seja entendido pela sua totalidade, o Arquitecto reúne um sistema de ideias e conceitos que fazem aprovar o seu projecto, como exemplo; o estudo dos interiores, da iluminação, da cor, dos espaços de comunicação, acção, e socialização.
“ A Arquitectura é sempre uma matéria concreta.”